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Trabalhadores de Domingo


Texto e direção: Vinícius Piedade

Elenco: Gabriela Veiga, Julio Aracack, Marcos Lemes, Rose D’Agostino e Taynã Azevedo

Dramamix

SP Escola de Teatro|15/11/16 | 00h30

Uma jornalista, um boxeador, uma prostituta e um corretor de imóveis do turno alternativo. Quatro monólogos expondo fragmentos de vida, suas histórias, pontos de vista, e algumas vezes os motivos de suas escolhas (suas profissões de domingo).

Além do período, em comum os quatro apresentam, na dramaturgia, a exposição de algumas fragilidades que se revelam conforme os fatos narrados tangenciam (ou penetram) a zona de perigo de seus sentimentos -- ora de forma escatológica e orgulhosa, ora tocada por um impropério raivoso etc. Em cada pessoa dessas vidas vemos motivações, pilares e delicadezas. E cada personagem, em sua resistência própria, tem seu desdobrar por dramas específicos que a vida oferece no percurso -- muitas vezes ressoados no interior de cada uma daquelas figuras, ondas que se compartilham com o público.

O texto, segundo entendi a explicação, é adaptado de um livro a ser publicado contendo outras dessas histórias. Talvez uma coletânea de crônicas compartilhando um pedaço do cotidiano desses trabalhadores. Os trechos não se conversam, o que acaba criando uma certa previsibilidade ou redundância nas cenas finais. Exceto, talvez, quando o desfecho se dá por uma pequena faísca de introspecção, memória afetiva ou resignação. Como são momentos de sensibilidade tangenciados, num piscar de olhos se perdeu o acontecimento. Mas talvez seja só isso mesmo: histórias sendo compartilhadas com alguma encenação reproduzida.

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