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Egbé Orun


Texto e Direção: Dione Carlos

Elenco: Alice Nascimento, Breno da Mata e Tadeu Ibarra

dramamix

SP Escola de Teatro |14/11/16 | 18h30

O texto abre com “Toda mãe é um orixá.” E eu me interesso pelas manifestações arquetípicas que acontecem de maneira análoga em diferentes culturas, que, ao longo do tempo, também se transformam conforme os choques que o colocam em relação com o novo e o outro. Toda mãe, portanto, tem em si uma deusa, um mito, assim como cada indivíduo, pai, filho, órfão, guerreira, feiticeira, atravessa sua(s) própria(s) mitologia(s), descobrindo-as no caminho, fazendo ou não associações com os arquétipos que se lhe apresentam nos desafios. Mas também algumas vezes traçamos analogia com outros indivíduos; aqueles que são nossos heróis nossas inspirações, nossos companheiros espirituais; nossos egbé orum; e assim compomos nosso quadro pessoal de trajetória neste mundo para além da experiência material.

É o que parece rascunhar a peça de Dione Carlos, sobre as analogias arquetípicas (ou egbe orum) de Phedra de Córdoba -- e aqui é importante saber que sei pouco sobre a homenageada da edição do Satyrianas. Nascido para a morte, sacrificado a Yemanjá, puxado à mãe, irmanizada com Shirley Temple, e uma grande mistura de orixás, tarô cigano, Cuba e sincretismo brasileiro.

Ao fim, luz no palco, que ela é estrela no teatro; luz no globo, que ela é estrela na festa; e luz do globo às paredes, porque é estrela a ser lembrada.

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