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A cena da imperatriz


Texto e Direção: Adriana Azenha

Elenco: Adriana Azenha, Camila Bevilacqua, Carla Dias, David Carolla, Hedme Almeida, Liz Mantovani, Silvia Fuller Palco Via Roosevelt | 14/11/16 | 20h

Com a pulga atrás da orelha ou o peito aberto ao novo informamos-nos diante de uma cartomante, e com a pulga atrás da orelha ou o peito aberto ao novo divertimos-nos com o assstir das três cenas da imperatriz da cia. Azenha de Teatro.

A trilogia faz referência à mitologia da carta Imperatriz do Arcano III -- fecundidade, natureza dos nascidos, elevação e materialidade. Um diálogo entre duas figuras aciganadas (três atrizes revezando e um ator que sempre repete) e a relação do casal perpassando pelas cenas arquetípicas da Imperatriz arcano 3. Após a repetição do diálogo, abre-se espaço para pessoas da plateia “tirarem uma carta” e responderem a uma pergunta dos atores -- o que você quer falar? O que você quer que eu cante? etc. -- , resposta que dará o mote para a continuação do diálogo em seu terceiro loop, que encerra o ciclo.

O interessante é a aproximação de forma e tema. Quanto há de improviso e quanto há de estrutura estudada na interpretação de um tirar de cartas de tarô? E quanto há de improviso e quanto há de estrutura estudada na interpretação de dois atores numa cena interferida pela criação de um espectador?

O resultado foi uma intervenção divertida e despretensiosa. Só não melhor usufruída pois lutar a céu aberto no gogó contra um show de funk amplificado é um desafio que, às vezes, já nasce morto -- embora os atores esforcem-se pra serem fecundos e se elevarem na materialidade da praça Roosevelt.

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